quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

2013...


Boa tarde queridos amigos!
Faz um tempinho que não posto nenhuma receita nova, pois atualmente estou me dedicando quase que inteiramente ao meu paizinho que se encontra em tratamento.
Além de oferecer o suporte necessário na detecção precoce e tratamento de tumores endócrinos, a equipe de Endocrinologia Adulto também faz acompanhamento de pacientes em tratamento no Hospital A.C.Camargo que apresentam outras doenças como obesidade, desequilíbrio hormonal e osteoporose. Saiba mais! http://bit.ly/zdZjaoApós uma cirurgia delicada de aproximadamente 10 horas de duração, realizada dia 15 de dezembro(2012), foi removido do meu paizinho um tumor recidivado.Agora, ele e minha mãezinha estão comigo aqui em Marília, aguardando melhoras!
Peço desculpas a todos que me seguem e que esperam novidades. Aqui no hospital sempre estou idealizando novidades, e, assim que puder, colocarei mãos à obra e trarei comidinhas deliciosas, saudáveis e light.
Abraços  


 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Como queimar uma fatia de bolo de chocolate...


Dei como sugestão no "Receitas Light da Ana Dantas" a receita do bolo, e, nada mais justo de passar a receita de como "queimar" essas calorias que entram tão fáceis...












Dica dada, agora é só executar!Lembrando sempre que podemos comer de tudo, o que importa é a quantidade do que se come, e que gastar também faz parte !
beijo

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Doenças do Estilo de Vida










Contextualizar o ambiente obesogênico é discorrer sobre os fatores que contribuíram para que estejamos inseridos hoje num ambiente que favorece a obesidade. Naturalmente este processo não ocorreu "de um dia para o outro" e, sim, ao longo de muitas décadas, em decorrência de uma série de modificações no estilo de vida do ser humano a partir do final do século XIX-início do século XX, em especial a partir da década de 20.
Nos Estados Unidos, por exemplo, em 1900, as três principais causas de morte eram de natureza infecciosa: pneumonia/influenza, tuberculose e diarréia/enterite. À medida que foram ocorrendo estas mudanças no estilo de vida, associadas aos avanços medico-sanitários ao longo do século XX, elas foram sendo substituídas por outras doenças, abordadas neste artigo.
Doenças do Estilo de Vida, ou, em inglês, Lifestyle Diseases, são as doenças que se tornaram mais comuns à medida que os países se tornaram mais industrializados. São diferentes das outras doenças porque são potencialmente preveníveis, podendo ter a sua incidência diminuída com interferências ambientais e comportamentais eficazes, inclusive e especialmente com modificações da dieta e da atividade física. De fato, estas doenças representam a falência de adaptação às dramáticas mudanças no estilo de vida com o acelerado processo de industrialização, segundo o artigo Western diseases and their emergence related to diet, de 1982 (1). Isto porque o genoma humano se desenvolveu de forma a estar adaptado às condições de vida de centenas de milhares de anos atrás, muito diferentes das condições que surgiram com a industrialização e urbanização crescentes. (2)
O termo doenças da civilização (civilization diseases) passou a ser usado pelo fato destas doenças serem raras ou ausentes nos países subdesenvolvidos do Terceiro Mundo, aumentando a sua incidência à medida que passam a sofrer o processo de industrialização. (3,4)
Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) também é um termo bastante usado. Embora não sejam exatamente sinônimos, referem-se, de maneira geral, às mesmas doenças. Apresentam-se insidiosamente, durante anos e, uma vez estabelecidas, são difíceis de serem efetivamente "curadas". Estão muito associadas ao aumento da expectativa média de vida, figurando entre as doenças mais prevalentes no mundo nos dias de hoje e entre as principais causas de morte, como as doenças cardiovasculares e o câncer. Observe que, em ambas estas condições, a dieta é um componente importante de sua etiologia.(5) Em 1986, os autores do artigo The Western diet: an examination of its relationship with chronic disease, publicado no Journal of American College of Nutrition, comentaram que, nos 10 anos anteriores, muitas organizações já propunham alterações da típica "dieta americana" com o objetivo de diminuir a incidência destas doenças.(5)
Entre muitas Doenças do Estilo de Vida, citamos:
- Doenças cardíacas, em particular a Doença das Artérias Coronárias (DAC);
- Hipertensão arterial;
- Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs);
- Obesidade;
- Diabetes mellitus;
- Câncer;
- Doenças Hepáticas Crônicas, como Cirrose e Esteatohepatite Não-Alcoólica;
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC);
- Osteoporose;
- Doença de Alzheimer.
Sabemos que o processo de industrialização ocorreu inicialmente nos países ocidentais, como Inglaterra e Estados Unidos da América. Por isso que, em relação à dieta, passou-se a utilizar o termo em inglês "western diet", ou dieta ocidental. Procurando artigos no banco de dados Pubmed contendo western + diet no título, o mais antigo encontrado foi High salt content of western infant's diet: possible relationship to hypertension in the adult, publicado no periódico Nature, em 1963.(6) Isso para demonstrar que esta terminologia já é usada há bastante tempo.
Menos frequentemente utiliza-se o termo "occidental diet". Ambos se referem a uma dieta rica em gordura, açúcares refinados, sal e, naturalmente, em calorias. O fato da longevidade ter aumentado em muitos países com os recursos cada vez mais aprimorados da Medicina, mesmo com o aumento da prevalência destas doenças crônicas, levantou o questionamento se seria justificável "investir" nas modificações dos padrões dietéticos. (5) No entanto, a aderância à assim chamada dieta prudente (5) - aquela com baixo teor de gordura (low-fat diet), rica em fibras, contendo até 3 g de sódio por dia (leia-se "pobre em sal") e caloricamente adequada para atender as necessidades orgânicas - é, certamente, uma boa opção, contribuindo para um envelhecer com boa qualidade de vida.
Vários estudos, envolvendo diferentes povos em diferentes regiões do planeta, confirmaram que a ocidentalização da dieta favorece o aumento da prevalência das DCNT, como verificado com os aborígenes australianos que passaram a apresentar incidência crescente de obesidade (com um padrão andróide de distribuição de gordura), diabetes mellitus, intolerância à glicose, hipertensão arterial, hipertrigliceridemia e hiperinsulinemia à medida que foram modificando o seu estilo de vida, tornando-se mais sedentários e deixando de consumir a sua dieta tradicional rica em fibras e em alimentos de baixa densidade calórica, segundo o artigo Westernization and non-insulin-dependent diabetes in Australian Aborigines, de 1991. (7)
A influência da dieta americana sobre os padrões dietéticos de outras culturas foi tão intensa que passou-se a utilizar também a expressão "americanização dos hábitos alimentares", que será discutida no próximo artigo sobre este tema.
Termino com a frase Life will find a way ou Life always finds a way - a vida sempre dá um jeito - uma expressão eternizada na novela de ficção científica Jurrassic Park - O Parque dos Dinossauros - de Michael Crichton, escrita em 1990, e adaptada para o cinema por Steven Spielberg. Sim, vamos dar um jeito. Esta situação parece ainda muito difícil de ser mudada, muito menos de ser revertida, mas acreditemos:"daremos um jeito". No entanto, isso somente poderá acontecer a partir do momento que "a contextualização do ambiente obesogênico" for realmente compreendida por todos os ramos da nossa sociedade.
Referências:
1 - Burkitt DP. Western diseases and their emergence related to diet. S Afr Med J. 1982 Jun 26;61(26):1013-5.
2 - Sobra J, Ceska R. [Diseases of civilization from the aspect of evolution of the human diet]. Cas Lek Cesk. 1992 Apr 10;131(7):193-7.
3 - Bickler SW, DeMaio A. Western diseases: current concepts and implications for pediatric surgery research and practice. Pediatr Surg Int. 2008 Mar;24(3):251-5.
4 - Civilization diseases and their relations with nutrition and the lifestyle. Physiol Res. 2009;58 Suppl 1:i-ii.
5 - Klurfeld DM, Kritchevsky D. The Western diet: an examination of its relationship with chronic disease. J Am Coll Nutr. 1986;5(5):477-85.
6 - Dahl LK, Heine M, Tassinari L. High salt content of western infant's diet: possible relationship to hypertension in the adult. Nature. 1963 Jun 22;198:1204-5.
7 - O'Dea K. Westernization and non-insulin-dependent diabetes in Australian Aborigines. Ethn Dis. 1991 Spring;1(2):171-87.




Dra. Isabela M. B. David (abran)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dez dicas para melhorar a alimentação do seu filho

Nós adultos demoramos 6 meses para adquirirmos um bom hábito e 6 meses para retirarmos um mau hábito que adquirimos. Agora, imagine as crianças, que nós colocamos os hábitos nelas, e depois reclamamos: "Meu filho só come nuggets e miojo!!!"...Você mesma ensinou essa pequena criatura a comer isso, ou você acha que ela "leu" no rótulo, empurrou o carrinho e pagou pela compra???
Agora vamos começar a tentar, refazer bons hábitos. Segue 10 passos, que poderão ajudar. Mas todos tem que ajudar. E lembre-se, insista e não desista, pois demoramos 6 meses para colocarmos ou tirarmos algo do nosso dia a dia.


                           1.Como você come?

Para mudar a alimentação de seu filho, você deve primeiro mudar a sua. Não adianta querer que seu filho coma bem se você não dá o exemplo. E isto é fácil, consiste basicamente em você optar por alimentos os mais saudáveis possíveis, com o mínimo de conservantes, corantes, acidulantes e outras coisas. Opte por grãos integrais, frutas, legumes, verduras e carnes magras
 

2.Faça a transição gradualmente

O hábito alimentar é o mais importante, e para mudar estes hábitos, faça-o gradualmente. Não adianta inserir uma série de novos alimentos a seu filho e dizer: -Coma! A melhor maneira que encontrei foi ir inserindo estes alimentos aos poucos. Por exemplo, no caso do arroz integral. Comecei misturando 1/3 do arroz integral ao arroz branco, até meus filhos se habituarem e comerem só arroz integral. E assim por diante.

                                                                    

              

             3.Pense na sua lista de compras


Quando vamos ao supermercado, os milhares de produtos a nossa disposição são uma tentação, e acabamos comprando mais do que o necessário. Pense na sua lista de compras, avalie o que realmente necessário e saudável, e procure não adicionar produtos fora de sua lista. Resista as tentações!


                                                                   4.Substitua biscoitos industrializados por bolos
     Bolo quentinho, saindo do forno, ai que delícia! Principalmente se for feito com farinha de trigo         integral. Já publiquei várias receitas, experimente o bolo de chocolate ou o de cenoura. O de coco também é uma delícia! A hora do lanche de seu filho vai ficar muito mais saudável e gostosa. Opte também por bater iogurte natural com frutas e mel no liquidificador, e não comprar estes iogurtes cheios de corantes. Aliás, sempre faço meu próprio iogurte aqui em casa, é facílimo e rende muuuuito...



      
        5.Dê uma turbinada no seu feijão

  Quando você for cozinhar o feijão, pique um inhame e coloque na panela de pressão para cozinhar junto. Vai ficar uma delícia! Ou acrescente uma cenoura picadinha, uma beterraba, em suma, o que você quiser. Dá super certo e as crianças quase nunca percebem. Para acrescentar folhas como espinafre, agrião ou bertalha, coloque só no final, na última fervura e antes de refogar.


                                             

               6.Purê de batatas variadas


Como no feijão, você também pode turbinar o purê de batata, já que a batata inglesa é o tubérculo com menos nutrientes de todos: acrescente uma batata baroa, ou batata-doce, inhame, cará, ao purê de seu filho. Experimente, vá sentindo o que mais agrada ao paladar dele. E se ele está muito magrinho, acrescente um ovo cozido amassado com garfo ao purê.


     7 .Brinque com as frutas

Não adianta comprar um monte de frutas e colocar numa cesta em cima da bancada da cozinha. Você tem que desenvolver o hábito e o prazer de comê-las. Uma das brincadeiras preferidas aqui em casa é fazer mandalas de frutas: banana, maçã, pêra, mamão, manga, uva e gominhos de laranja viram brincadeira no prato das crianças. Dá para fazer flores, carinhas, e muito mais. Descasque, brinque e saboreie as frutas. E quando for passear, leve uma faquinha e uma cesta cheia delas. É melhor do que ficar beliscando porcarias pela rua quando chega a fome...


   8.Ai que temperinho bom!

 Seu filho tem que estar preparado para experimentar novos sabores. Acrescente temperos a sua comida, ninguém merece comer comida insossa! Uma das melhores soluções que encontrei foi ter sempre um potinho de salsa desidratada ao lado do meu fogão. Assim sempre acrescento a todos os pratos, sempre na última fervura para não perder os nutrientes, umas salpicadas de salsa. E de orégano, tomilho, manjericão...




 9.Nem frito nem grelhado, cozido

   Aqui em casa óleo tem que ser de canola, ou de preferência só azeite. E fim de papo. Acostume as crianças a gostar de azeite, e opte por alimentos cozidos. Acrescente cenoura, inhame ou abóbora ralada aos pratos cozidos, como frango, peixe ou carne. O caldinho fica sempre mais nutritivo. Milho cozido, nunca o enlatado, também faz o maior sucesso entre a criançada. Com uma faca, corte os grãos do milho cozido e misture à comida.

 10.Besteiras só no fim-de-semana!

 Não torne a alimentação mais saudável um suplício, mas sim uma conquista! Não proíba, mas também NÃO COMPRE besteiras. E exceções são normais, mas restrinja as pizzas, refrigerantes e fast foods aos finais de semana, quando a rotina fica meio bagunçada mesmo. Rapidamente as crianças vão entender as novas regras. E não tenha preguiça: descasque, corte, bata no liquidificador, cozinhe. Conquiste este hábito! Não se esqueça: filhos fortes e bem alimentados quase nunca ficam doente.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

TODO MUNDO PODE "DASH"


Este material foi publicado no Food Insight deste mês (dezembro de 2010), propondo que TODO MUNDO PODE DASH (Everyone can DASH), ou seja, todo mundo pode seguir a Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), um dieta para prevenir e tratar a hipertensão arterial.
A hipertensão arterial é um dos fatores de risco principais para doença cardiovascular e acidentes vasculares cerebrais, as doenças crônicas não-transmissíveis que são as maiores causas de morte no mundo nos dias de hoje. Afeta igualmente homens e mulheres, embora tenha uma prevalência desproporcionalmente mais alta em pessoas de origem africana em relação àqueles da raça branca. Aproximadamente 1/3 dos americanos são portadores de hipertensão arterial. Outro 1/3 são considerados pré-hipertensos. Porque a hipertensão tende a aumentar com a idade, existe um interesse em se manter níveis mais baixos de pressão arterial na população, de maneira geral.
Com a prevalência da hipertensão arterial continuando a crescer, ênfase ainda maior tem sido colocada sobre as estratégias para preveni-la e tratá-la. A Dieta DASH é um planejamento dietético que tem reconhecidamente se mostrado útil para estes fins desde 1997, quando foi proposta por pesquisadores num artigo publicado no New England Journal of Medicine. O DASH Trial (ensaio clínico), como foi conhecido, propunha uma dieta rica em frutas, legumes, laticínios com baixo teor de gordura (portanto, rica em fibras, cálcio, magnésio e potássio) e com baixo teor de gorduras totais e gorduras saturadas, que se mostrou eficiente em reduzir os níveis de pressão arterial de tanto hipertensos como de pessoas com níveis pressóricos dentro da normalidade (normotensos). Os participantes deste trial mantiveram o seu peso e ingestão de sódio constantes (3.000 mg por dia).
 
Associada à exercícios e restrição calórica em pacientes com excesso de peso (sobrepeso e obesidade), a dieta DASH se mostrou eficiente em aumentar a sensibilidade à insulina, assim como melhorar o perfil lipídico e a função neurocognitiva. O efeito da Dieta DASH em reduzir a pressão arterial se mostrou ainda maior quando combinada à redução da ingestão de sódio, particularmente entre americanos de origem africana.
Detalhando o padrão alimentar da dieta DASH, ressaltamos a importância de se manter boa ingestão de:
  • frutas;
  • hortaliças (legumes e verduras);
  • laticínios sem ou com baixo teor de gordura;
  • cereais integrais;
  • carnes magras (como peixes e carne de aves sem pele);
  • sementes oleaginosas (como as nozes e castanhas).
 
O NHLBI - ou National Heart, Lunh and Blood Institute's, entidade americana de referência em doenças do coração, pulmão e sangue - vai além, acrescentando às recomendações da dieta DASH, como parte de um estilo de vida saudável:
  • redução da ingestão de sódio; 
  • controle do peso;
  • aumento da atividade física;
  • consumo limitado de bebidas alcoólicas, carne vermelha, doces, açúcar de adição, bebidas adocicadas, gorduras totais, gorduras saturadas e colesterol.
Um Guia sobre "como abaixar a sua pressão arterial com a dieta DASH" é encontrado em:
 
                                   http://www.nhlbi.nih.gov/health/public/heart/hbp/dash/

Neste Guia, comenta-se que, embora a dieta DASH proponha a ingestão de 2.300 mg de sódio/dia, a redução para 1.500 mg/dia pode proporcionar benefícios ainda maiores. A ingestão de fibras deve ser em torno de 30 g/dia, de magnésio 500 mg/di, de cálcio 1.250 mg/dia, de potássio 4.700 mg/dia, de colesterol 150 mg/dia, com 55% das calorias totais como carboidratos, 18% de proteínas e 27% de gorduras (sendo 6% de gorduras saturadas)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

LEITE

O leite de vaca é um dos alimentos mais antigos consumidos pelo ser humano. Apesar de ser produzido com a finalidade de alimentar o bezerro, foi sendo, aos poucos, introduzido na alimentação e, nos dias atuais, é utilizado tanto na forma líquida como em uma infinidade de preparações culinárias. Especificamente no que diz respeito ao seu uso pelas crianças, pode ser apresentado de várias formas, o que gera, algumas vezes, confusão e dificuldade na escolha. Vamos, então, tentar esclarecer dúvidas comuns através de algumas definições:
Leites tipo A, B e C: as letras referem-se não ao teor de gordura ou de água, como muitas pessoas pensam, mas sim ao controle microbiológico:
•Leite tipo A — é um leite integral, ordenhado mecanicamente, mantido resfriado abaixo de 10°C até ser processado, no mesmo local de ordenha. É o de melhor qualidade microbiológica, com os mais baixos limites de tolerância para presença de bactérias em geral, com ausência de coliformes fecais;
•Leite tipo B — é um leite integral, ordenhado de preferência mecanicamente e transportado resfriado abaixo de 10°C, até no máximo por seis horas, entre a ordenha e o início do processamento. Apresenta limites intermediários para a presença bacteriana em geral, tolerando a presença de coliformes fecais até 1,0/ml;
•Leite tipo C — leite ordenhado manualmente, sem resfriamento obrigatório, sendo transportado, com algumas exceções, em temperatura ambiente do local de ordenha até o início do processamento. Apresenta os limites mais elevados para a presença de bactérias em geral, tolerando a presença de coliformes fecais até 2,0/ml.
Também se pode classificar o leite de acordo com o método de conservação:
Leite “de saquindo”: depois de ser pasteurizado é conservado pelo resfriamento e tem prazo de validade curto;
•Leite UHT: sofre um processo chamado de ultrapasteurização, em que é submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre 130 e 150° C e imediatamente depois é resfriado a uma temperatura inferior a 32° C;
Leite “longa vida”: é o leite UHT envasado em embalagens assépticas (caixinha) especiais que permitem conservação por mais tempo.
Por fim, podem ser classificados de acordo com o teor de gordura:
•Leite integral: com cerca de 3% de gordura;
•Leite semi-desnatado: com cerca de 2,9% a 0,6% de gordura;
•Leite desnatado: com até 0,5% de gordura

E o leite em pó? Nesse caso, trata-se apenas de um processo industrial em que se retira a água do leite para facilitar o transporte, o armazenamento e a conservação. Mas cuidado: não confunda leite em pó com fórmulas infantis, que são produtos feitos especialmente para a alimentação dos bebês
fonte:http://www.abran.org.br/

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mãe: educadora e provedora

Uma questão relevante, e que está inteiramente ao nosso alcance, frente ao objetivo de se conseguir uma boa alimentação, diz respeito à qualidade dos produtos que ingerimos. Muitas vezes, nosso critério de escolha acaba se dirigindo mais a outros aspectos, como preço mais baixo, melhores campanhas de marketing, maior disponibilidade, influência de amigos ou de astros de televisão, dentre outras. Na verdade, se ficarmos atentos a alguns critérios simples, podemos fugir das armadilhas mais comuns e conseguir uma alimentação de excelente qualidade, por isso, vamos direto à prática. Abaixo seguem três dicas simples, mas que podem fazer toda a diferença:
Em relação às frutas, aos legumes e às verduras, procure dar preferências aos frescos. Com certeza, eles são bem melhores que as versões em lata, desidratadas, congeladas, etc. Ainda em relação a isso, procure conhecer, a respeito do local em que faz suas compras, os dias em que há entrega dos produtos que você vai comprar, assim você vai consumi-los ainda mais frescos;

Aprenda a consultar o rótulo de tudo que for consumir. Daqui a duas semanas vamos falar mais sobre esse assunto, mas é muito importante avaliar parâmetros como o conteúdo calórico presente em cada porção, o teor de sódio, a quantidade de colesterol e de gordura trans… é comum que alguns produtos (quase sempre mais baratos) apesar de aparentemente idênticos ao concorrente, apresentem um perfil nutricional pior. Isso acontece porque o processo industrial para conseguir alimentos que mantenham adequados sabor, consistência, tempo de validade, etc, a, ao mesmo tempo, sejam saudáveis, costuma ser mais caro, fazendo com que o preço para o consumidor fique mais elevado em relação ao outro, que pode não ter essa preocupação;

O consumo de cereais é sempre elevado em nosso meio e isso é considerado saudável, mas, para que fique ainda melhor, procure dar preferência, sempre que possível, à versão integral. Se tiver, inicialmente, alguma dificuldade em relação ao sabor, opte por misturar uma parte integral com outra refinada, em proporções crescentes. Por exemplo, comece misturando 1/3 de arroz integral com 2/3 do polido. Ou troque 10% da farinha do bolo pela integral. Em relação aos produtos industrializados (macarrão, pães, biscoitos, etc), de novo vale a pena consultar as informações da embalagem e verificar que tipo de cereal é usado no preparo; mesmo que não seja 100% integral, sempre será melhor que a versão totalmente refinada.
Mãe: Provedora de alimentos e Educadora

fonte:http://www.abran.org.br/