quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Comportamento alimentar

 
Na busca de material que ajude as pessoas a pensar antes de comer ou simplesmente ter domínio da vontade, que pode parecer simples, mas quando o assunto é comida e gostosuras o ser humano fica muito irracional. Encontrei esse material muito interessante.

O comportamento alimentar engloba os procedimentos relacionados às práticas alimentares (o que se come, quanto, como, quando, onde e com quem se come; a seleção de alimentos e os aspectos referentes ao preparo da comida), que por sua vez estão associados a atributos socioculturais, ou seja, aos aspectos subjetivos individuais e coletivos relacionados ao comer e à comida.

Vários estudos publicados nos últimos anos confirmam a importante influência do ambiente e do autoconhecimento sobre o comportamento alimentar. Alguns conceitos têm sido discutidos, como os de mindful eating, intuitive eating e midless eating, os quais serão abordados a seguir.

 O mindful eating, ou “comer consciente”, está relacionado a prestar atenção aos sinais de fome e saciedade. Envolve a diminuição do ritmo das refeições, valorizando a mastigação e o ato de saborear os alimentos; alimentar-se distante de distrações como televisão e computador; estar ciente dos sinais de fome e saciedade e utilizá-los para tomar a decisão de começar e terminar as refeições; reconhecer as respostas aos alimentos, como gostar e não gostar; escolher os alimentos que sejam prazerosos e nutritivos utilizando todos os sentidos ao comer; ter conhecimento e refletir sobre os efeitos causados por uma alimentação inconsciente, por exemplo, motivada por angústia, tédio ou tristeza e praticar a meditação como parte da vida.

Um estudo com 150 pacientes obesos com diagnóstico de transtorno de compulsão alimentar que utilizaram ferramentas de conscientização do comer e meditação mostrou que a técnica levou à redução da compulsão e do número de episódios de comer dirigido pela emoção.

O intuitive eating, ou “comer intuitivo”, é um conceito complementar ao mindful eating, mas não necessariamente envolve a ideia de meditação. Os três principais componentes do comer intuitivo são: permissão incondicional ao comer, alimentar-se essencialmente por razões físicas ao invés de emocionais, e basear-se nos sinais internos de fome, plenitude e saciedade.  Um trabalho que acompanhou 1400 indivíduos demonstrou que aqueles que seguiam os princípios do comer intuitivo tinham menor peso corporal e maior sensação de bem estar, sem demonstrar preocupação excessiva com um tipo físico ideal.

A ideia do comer sem restrições parece complicada a princípio, uma vez que as estratégias de aconselhamento geralmente se baseiam na definição de alimentos permitidos e proibidos. No entanto, segundo os pesquisadores da área, é justamente ao remover a noção de alimentos “ruins” ou “vilões” que as pessoas livram-se da culpa, a qual gera episódios de restrição e posteriormente a compulsão, que se torna um ciclo vicioso.

“Mindless eating”, ou “comer sem pensar”, são as decisões sobre alimentação que ocorrem em meio à distração que o ambiente proporciona. Esta distração é induzida pelos grandes tamanhos de porções de alimentos vendidas em supermercados ou oferecidas nos restaurantes, bem como pela pressa em comer ou pelo hábito de comer em frente à televisão. As intervenções baseadas nestes conceitos buscam capacitar as pessoas para perceber a influência do ambiente sobre sua alimentação, a fim de alterá-las de forma positiva.


Assim, o nutricionista, em posse de um conhecimento mais aprofundado sobre os determinantes do comportamento alimentar, pode auxiliar o paciente a buscar autoconhecimento com relação aos seus sinais de fome e saciedade, além de incentivá-los a fazer as refeições com calma, saboreando os alimentos. Isto para que o comer deixe de ser automático e guiado totalmente pela influência do ambiente, e se torne uma decisão voluntária para uma alimentação saudável, prazerosa e sem culpa.



Referências:

1) Alves HJ, Boog MCF. Comportamento alimentar em moradia estudantil: um espaço para promoção da saúde. Rev Saúde Pública 2007; 41(2): 197-204.

2) Cohen D, Farley TA. Eating as
an automatic behavior. Prev Chronic Dis 2008; 5(1): A23.
3) Kristeller JL, Wolever RQ. Mindfulness-based eating awareness training for treating binge eating disorder: the conceptual foundation. Eat Disord 2011; 19(1): 49-61.

Esse material interessante, retirei daqui.

Um comentário:

Eliane Jany Barbanti disse...

Oi Ana tudo bem?Obrigada por me Add.
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